quinta-feira, 6 de maio de 2010

Fúria nerd -n

Separei em dois posts, porque ninguém ia ter saco pra ler tudo...
(Recomendo ler este aqui primeiro)

Agora uma crítica sobre... Kingdom Hearts. O Jogo mais marketável que eu já vi. (não pensaram que eu não iria "nerdear" por aqui, pensaram?? Recomendo pular, se quiser)
Pra começar, o jogo só foi feito porque a Disney entupiu os [...] da Square Enix (que, aliás, passou a ser um lixo, assim que deixou de ser "Squaresoft") de dinheiro. E por causa disso o jogo só é pior.
Por que? Porque a Disney comprou tudo, eles fazem o que quiserem no jogo, e decidiram encher o jogo com personagens coloridos da Disney por todos os lados reutilizando TODAS as histórias dos seus, "clássicos" poupando 98% do trabalho do roteirista, que só teve que bolar uma Keyblade e um "Oh meu deus! Oh meu deus! Cadê o rei? Cadê o Rikku???", que é só o que se pode chamar de "história" aqui.
Ah, sim, e encheram de outros personagens da série Final Fantasy para vender mais para os fãs retardados da série (não que todos sejam, claro).
Ponto: lançaram um jogo sem conteúdo nenhum, cheio de "marcas registradas" pra obrigar os fãs retardados a comprarem. Agora mais uma idiotice: Lançaram o jogo já com o "Kingdom Hearts Final Mix", esperaram vender muito e então lançaram este. O que tem a mais? Praticamente nada... Ah e uma prévia do próximo jogo, KH 2. Vendeu igualmente pqparivelmente bem para todos os fãs obcecados retardados.
Kingdom Hearts 2: a Square tentou se redimir, mas continuou patético: ao invés de 98%, Disney agora ocupa 70% do jogo. Os outros 30% são de uma história feita às pressas com personagens legais. Porém, mesma coisa, só que ao invés de procurar só 2, o inútil do Sora passa a procurar "Cadê o Rei? Cadê o Rikku? Cadê a Kairi? mimimi", sempre com os dois ganha-pães da Disney atrás, claro (:
Enfim, foi lançado, com "Kingdom Hearts II Final Mix" pronto. Mesma história. Mesmo triste fim.
Calma, calma, eu sei que está pesado, mas já termino :x
Agora o marketing em si: TUDO feito em Kingdom Hearts é "marca registrada". Os personagens, os itens, até as versões "pop" de personagens da Disney. E, óbvio, como tudo mais, vendeu como água: todas os bonecos; todas as miniaturas de Keyblade; todos os chaveiros; todas as correntinhas...
CHEGA! ):

Agora vou finalizar com um elogio, à Square Enix: Pela esperteza de comprar um projeto feito por fãs (calma, jájá xingo de novo...)
Final Fantasy X foi um projeto feito por gamers à antiga.Uma mega história e blábláblá, e até os gráficos são surpreendetemente bons! Eventos inovadores e blábláblá. Até tiveram o empenho de dublar TODAS as falas do jogo! Enfim, um projeto perfeito. A Square descobriu e teve duas escolhas: Mandar cancelar ou comprar. Pela primeira vez, comprou. Lindo, legal. Um dos melhores que eu já joguei.
Até ser avacalhado.
Todos elogiavam o jogo. A Square "ressurgia das cinzas". O que vem depois? Final Fantasy X-2. Não há ninguém que fale bem desse jogo. Foi só uma tentativa patética de lucrar em cima de um jogo bom. Como? Representa todo o processo de avacalhação do post anterior: uma versão ridícula cujo único propósito é lucrar. Se tornou uma continuação desnecessária com história mal-emendada e já um desastre por si só. Reutilizou personagens, com roupas novas e tudo mais, pra obrigar os fãs retardados a comprar.
Uma pena pra eles, pois um jogo tão bom não juntou fãs retardados, e, logo, o jogo não vendeu nada (:
Toma, cavalo! -n
Obrigado você, que teve paciência de ler ambos os posts (:

Gamemania

Tava pra postar isso faz TEMPO, mas só arranjei vontade pra isso agora...
O que me deu vontade de postar sobre isso foi esta "tirinha" da VGCats (pra vocês, falates de inglês)

Vamos começar explicando como era o mundo dos games ANTES, quando éramos apenas um grupo recluso e excluído de gamers...
Videogames eram feitos para nos entreter por semanas, alguns me divertem até hoje (nossos amiguinhos clássicos), com histórias boas, envolventes e inovadoras (assim como os filmes bons da época). Não queria entrar no quesito "jogabilidade", mas, enfim, os jogos ficavam cada vez mais envolventes e viciantes.
O jogos eram feitos de gamers para gamers, como se fosse uma paixão em comum. Os jogos feitos simplesmente para vender não vendiam, porque gamers eram exigentes.
Antigamente, poucas pessoas criavam os jogos, o que tornava o projeto muito mais coerente e à mão.

Isso tudo era bom, tá tudo ótimo, mas aí chegamos ao desastre. Os jogos foram abertos às grandes massas; os jogos com boa jogabilidade passaram a conquistar todos os públicos; jogar videogames era, então, "modinha": nos tornamos marketáveis

O que eu disse não faz muito sentido ainda, mas... vamos comparar:
O que conquistou o grande público foi a jogabilidade, não?
Hoje só temos jogos com gráficos desnecessariamente 3D e realistas, ambiente sonoro impecável, jogabilidade envolvente, mas é só isso. Voltamos aos tempos de Atari, onde apenas jogamos o que nos mandam jogar. As grandes histórias já eram; a paixão por fazer jogos para pessoas que os apreciam se extinguiu e deu lugar à necessidade de fazer jogos idiotas, viciantes e exploradores para pessoas dementes que pagam bem.
O que conseguimos hoje são versões avacalhadas dos clássicos que marcaram nossa infância, jogos sem conteúdo nenhum (vide GTA), 500 versões diferentes, porém iguais, de UM jogo que foi bom (vide Guitar Hero), trilhões de continuações desnecessárias de UM jogo que teve sucesso (pra que fazer outro jogo 10x melhor quando podemos fazer um nº II pior e aproveitar a fama pra vender tudo?).

Enfim, pra que fazer um jogo mega-pqparivelmente aproveitável se contratar um roteirista patético e 300 experts em gráficos vende melhor?
Entenderam o "nos tornamos marketáveis"?
O que antes era um grupo deslocado e seleto de pessoas com bom gosto se tornou uma coisa bastardarizada quando se abriu às grandes massas, ou seja, (me desculpem) à gente burra. É assim com QUALQUER coisa.
Veja os filmes, por exemplo: quando antigamente era uma arte, um entretenimento para pessoas cultas, com histórias envolvente e blábláblá, hoje se tornou um "Seu filme é melhor que o meu?? Vamos ver que consegue mais bilheteria, otário!". E geralmente é o filme ruim com estratégias ridículas e desesperadas de marketing que ofendem o meu rim. E pior, funcionam.

O que um dia foi arte, hoje é lucro, nada além. (o que me lembra que até o mundo da arte, sim, das esculturas e pinturas, é marketável para pessoas pseudo-intelectualóides ricas)

"Parte 2"
Separei, porque ficou muito grande...