terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Matsuri Dance e seu estado em Curitiba

Bem, agora vou explicar por que eu resolvi desenterrar o post anterior (Sobre Dança)

Eu vim aqui explicar o que é o Matsuri Dance, que, por alguma razão, nunca toquei no assunto antes! ...hmm

É claro que você provavelmente tenha mais sorte procurando na Wikipédia ou na comunidade no orkut, mas, mesmo assim, vou explicar o que eu entendo sobre o assunto aqui.

O Matsuri Dance é um estilo derivado do Bon Odori, que é uma dança tradicional japonesa que foi trazida para o Brasil pelos imigrantes. Conforme a cultura japonesa foi se difundindo, os jovens passaram a aderir à brincadeira, e assim nasceu o Matsuri Dance.
Ao contrário das músicas tradicionais, o som agora é o pop japonês, com ritmo mais agitado e coreografias mais animadas.

Mas agora ao assunto do post, como anda o Matsuri Dance em Curitiba?
Não sou pretensioso a ponto de falar que presenciei desde o início, mas a dois anos acompanho a história, e, com alguns relatos confiáveis, mes senti seguro o suficiente pra contar pra vocês :P

Tudo começou com o grupo Akaryuu, que acabou fazendo do MD uma atividade indispensável nos matsuris (festivais de cultura japonesa) de Curitiba. Com o tempo, a mania se espalhou e, em 2008, atingiu o seu auge (e eu estava ocupado demais me isolando para aproveitar ;_;)
[] E agora vamos ao meu primeiro erro - o Akaryuu não começou o MD em Curitiba, antes teve o grupo Midori Kaze, mas como eu não sei nada sobre ele... >_<

De uns tempos pra cá, acabaram os mini-matsuris, que ocorriam todo mês em um fim-de-semana inteiro, surgiu a moda de k-pop e o próprio grupo Akaryuu perdeu o interesse pela dança.
- No começo de 2010, entrou em hiatus -

Assim morreu o MD em Curitiba, com pouco espaço nos eventos e menos gente dançando do que nunca. E é aí que eu entrei pra valer no barraco!
Com uns projetos que não andaram, acabou surgindo o YumeDaiki, com a proposta de trazer de volta o MD. Quando eu entrei, era um grupo bem pequeno, e, mesmo não querendo admitir, um grupo ruim.
Pouquíssimos membros, pouqíssima habilidade, em média.
Realizando ensaios quase todo fim-de-semana, eu vi como o grupo foi crescedo e a maioria dos membros evoluindo e hoje vejo como as coisas estão de novo no seu caminho.
Mesmo o YumeDaiki não sendo reconhecido como um grupo oficial em Curitiba (ainda), agora a dança tem uma base firme pra recorrer, caso tudo falhe.

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Comentários:
-Dessa vez, embora eu não goste, o post ficou mais como um desabafo do que o meu post geralmente informativo ^^'
-Como sempre, se eu estiver errado, por favor, corrijam-me.
-Não vou divulgar este post, fica aqui pra quem quiser ler 8D (ninguém)

Sobre Dança

Então, estava eu revirando o meu arquivo, e descobri este post aqui de 25/04/2010
Sim, faz quase um ano, e não faça idéia do porquê que eu não postei xD
Então lá vai:
"
Ah, simplesmente resolvi falar sobre o meu fascínio por danças :p
Na falta de vontade de escrever sobre os outros assuntos guardados ou esquecidos...

Fora o movimento, que eu não poderia não gostar ><, a dança representa bem mais pra mim. Óbviamente, não estamos falando de funk ou baladas aqui.

Danças coreografadas, danças trabalhadas, simplesmente danças.
Particularmente, danças com graça ou "personalidade".
Mais particularmente, Valsa, Matsuri Dance e Para para são 3 estilos que eu gosto. Fora as coreografias ridículas improvisadas no Pump xD

Valsa é valsa. Não tem quem não conheça :B

Matsuri Dance é um estilo usando músicas pop japonesas seguindo um certo estilo: músicas coreografadas com "rotinas" que se repetem durante a música toda, fáceis de aprender. As rotinas se baseiam na "batida" da música.
Ou seja, todos dançam x)

Parapara é um estilo de dança usando predominantemente as mãos. Tem ritmo rápido e coreografias "intensas". As rotinas se baseiam em todos os elementos da música, o que complica bastante se aprender x(
"

sábado, 8 de janeiro de 2011

No Regrets

Com certeza você já ouviu a pergunta: "Você se arrepende de algo que tenha feito na sua vida?"
E sempre ouviu o clichê 'não'.
Você pensa "É ÓBVIO que não, impossível não se arrepender de nada na vida, afinal, todo mundo comete erros, e quem não gostaria de tê-los acertado?"

Ou, pelo menos, era assim que eu pensava até uns anos atrás.
Nesses anos, muita coisa mudou, principalmente a adolescência e seu intenso processo de amadurecimento. Muita coisa eu passei a entender melhor (e fui acompanhado pelo blog!) e muita coisa ainda não consigo entender.

O que me leva à inspiração de hoje. Eu estava aproveitando as férias sem a minha mãe em casa (barulho à vontade \o/) e com a minha irmã mais velha pra melhorar ainda mais e então esta teve a idéia de revirar as fotos antigas pra por no Facebook dela. Claro que acompanhei a idéia e fui vendo as fotos eu mesmo x)
E foi assim que duas coisas me chamaram a atenção: a minha história, cheia de reviravoltas, e, principalmente, a história da minha mãe.

Vendo as minhas fotos, voltavam as memórias daqueles tempos, de quando eu era feliz e de quando eu nem sentia nada. Mais ou menos um ano atrás, eu tinha já pensado sobre o assunto deste post: arrependimentos. Eu pensei sobre todos os momentos da minha vida, e, resumindo, eu tinha tudo e, em um certo momento, eu não tinha mais nada. Eu não era ninguém: sem identidade, sem amigos. Pra mim, era claro que eu não queria que tivesse perdido tudo... Mas será mesmo?
Hoje eu sou feliz e por isso não tenho medo de dizer que não carrego mágoa nenhuma na minha vida. Tudo de ruim que aconteceu, mesmo que eu pudesse ter evitado, me fortaleceu e me moldou no que eu sou hoje. Até parece mais um clichê fajuto, mas é a mais absoluta verdade: "O que de ruim não te mata, te fortalece".
Todos os meus traumas formaram valores em mim, e eu tenho muito orgulho disso. Por exemplo, às vezes eu penso futilmente naquele "Mas como seria se..."...
Como seria se eu não tivesse perdido tudo? Eu seria esse cara aqui? Claro que não. Eu seria, pelo menos, um cara legal? ... Provavelmente, não. Provavelmente seria um imbecil mimado e burro...

Enfim, pode parecer muito pessoal tudo o que eu disse acima, mas tente aplicar ao SEU caso... Encaixa como uma luva, não? Aquele copo que você jogou na parede e levou uma bela bronca por isso; você nunca mais quis fazer aquilo de novo, né?

Bem, para você, que ainda não conhece, essa é a filosofia de Nietzsche. Sim, aquele cara bigodudo. Para ele, "o sofrimento é o único meio para o crescimento interno, e o conforto, embora amenize a dor da alma, apenas o torna mais vil".
(...Não as palavras exatas, só o que eu extraí ^^')

Bem, de qualquer jeito, vamos à história da minha mãe...
Vendo as fotos dela, eu vi vários momentos da vida dela também, desde a fase de "broto" à de mãe separada (de novo). Só isso não me serviria de nada ;p . Mas então na outra caixa tinha o diário dela e eu, curioso, TINHA que dar uma espiada, né? xD
Abri o diário em 1976, quando ela era adolescente. Dei umas risadas, claro, pois minha mãe estava na fase mega-dramática de sentimentos... E, puxa, como ela era dramática na escrita ^^'
Então, no fim do diário (1980), tinha uma passagem de 2000... Os três filhos já tinham nascido e já havia passado por 4 separações. Em outras palavras, passou por todas as experiências...
Vou tentar não deixar transparecer muito da vida pessoal e citar só o que se refere ao assunto, mas queria compartilhar essa passagem com todos, então se preparem para ler!

nota: eu realmente queria dar outro jeito de anexar o texto (o post já está longo o suficiente sem ele! x_x), mas acabei decidindo por deixá-lo como está.


"
   Nunca imaginei que conseguiria chegar ao ano 2000. Sempre que olhava o futuro via muita escuridão e desespero. Mas, após 20 anos sem esrever neste diário, vejo que tudo o que pensamos e sonhamos depende unicamente do que fazemos, auxiliados pelo nosso grande amigo chamado "DESTINO".
[...] meus atos sempre são cercados de intensa emoção. Faz parte do meu ser construído à "ferro e fogo", através dos anos de padecimentos e enganos. Construí toda a minha vida como uma fênix, sempre renascendo das cinzas do meu próprio ardor na ânsia de viver cada instante como se ele fosse o último.
   Ao final estou eu, amadurecida, segura do que eu quero e certa do que eu amo [...].
[...]
   Agora que começo a escrever, depois de 20 anos, vejo que tenho muita coisa a dizer a mim mesma, que muitas vezes negamos por não termos certeza de serem verdades absolutas. Nem admitimos os erros cometidos, por pensarmos que os fazemos pensando em motivos diversos para justificá-los. Mas eu garanto: erros são erros, não importa o que os justifiquem. As consequências sempre vêm em choro e tristeza. Mais fácil seria se pudéssemos evitar os caminhos tortuosos.
   O que nos resta, então, é seguirmos a trilha que nos mostra o amor, não importando o que temos que fazer para que isso se concretize.
[...]
   Desta vez olho para trás. Não com saudades, nem com recriminação. Olho para não cometer os mesmos erros a que somos acostumados por criação ou por costume. Procurar ser feliz exige talento. Talento que devemos exercer a cada dia para não cair no comum da vida sem brilho. Brilhar em si ilumina os que nos rodeiam, mantendo a chama acesa dos amores que, às vezes, nos recusamos a aceitar.
   Agora consigo ver meu mundo com novas cores. Cores outrora desconhecidas por mim. Matrizes ignoradas pela retina acostumada ao cinza e preto, branco e incolor. Sou como um cego que começa a descobrir o mundo.
[...]
"

Eu SEI que o texto ficou muito pesado, mas, para você que pulou tudo, eu sinceramente peço que reconsidere e leia pelo menos o texto da minha mãe e, para você que leu, que tal guardar o que aprendeu hoje no coração ou sejá lá o que for? ^^
Minha mãe, quase aos 40 anos, descobriu a vida, até hoje vejo ela como uma adolescente, mas a que preço? Quem sabe você tenha mais sorte agora que recebeu a experiência dela :)

Podem falar o que quiserem de mim: que sou brega, chato, gay, emo, tanto faz. O que eu postei aqui foi bem sincero e é para o bem do querido leitor que me aguentar (como em todos os posts) x_x