quarta-feira, 25 de abril de 2012

Revisitando L'amour

Venho aqui, às 3 da madrugada, revirar esse assunto, agora analisando meu passado do meu atual ponto de vista.

Muitas vezes já parei pra pensar, e muitas vezes cheguei à conclusão de como eu fui bobo e ingênuo...

A grande verdade é que o amor é mais um produto. Um produto que a sociedade faz questão de esfregar marketing na sua cara, tanto a ponto de você acreditar. Afinal, "se todo mundo acha que é, porque eu acharia diferente, né?"
O pior é que essa propaganda é (quase) tão perfeita quanto a de um produto das Organizações Tabajara. A promessa? Só a tão utópica Felicedade Eterna dos contos de fadas.

E é convenhamos que todo mundo engole essa história, sim. Não digo que o amor (no sentido que quiser) não seja uma coisa muito boa... Apenas que não é um Kinder Ovo Maxi, né?

Aos meus cômicos 12~14 anos, eu achava que, assim que eu encontrasse "a pessoa certa", eu teria tudo pra sair por aí e ser feliz, como meta de vida, mesmo.
O problema é que muitos pensam assim e acabam achando que a vida inteira revolve ao redor desta meta, desperdiçando todo seu tempo e energia correndo atrás desse objetivo.
Não digo que a pessoa vai literalmente passar cada minuto da sua vida correndo pelas ruas e conheçendo pessoas, mas só que irão concentrar todo o seu espírito nisso.

Por espírito, eu quero dizer: tempo livre, paixão, emoções e confiança.
Se você ainda não entendeu aonde quero chegar, é nas decepões amorosas.
Uma coisa é uma paixãozinha passar. Outra coisa é alguém destruir algo a qual você dedicou o seu espírito. É pegar todo seu tempo e esforço e dizer que foi em vão (além, é claro, de quebrar os laços afetivos, que acontece de um jeito de outro)

Ou seja, para mim, acreditar no amor e perseguí-lo dessa forma é o mesmo que ficar correndo atrás de decepções e desperdiçar a vida em si.

Eu acredito agora que vivo mais em paz, fazendo o que me faz feliz e me deixando ser levado pela corrente, ao invés de tentar nadar contra ela.