domingo, 26 de agosto de 2012

Linhas temporais e suas piras

Muita gente gosta de se perguntar "E se isso ou aquilo na minha vida diferente? E se eu não tivesse feito tal coisa? E se...?", mas poucos fãs de ficções de realidades alternativas vão saber como não só uma coisa, mas talvez tudo, realmente seria diferente.

E, dessas pessoas, acho que ainda menos se incomodaram em se envolver nessa linha de pensamento.
É uma coisa bem interessante, na verdade, só é trabalhosa de se pensar.

A idéia é que, além de saber que, caso uma coisa fosse diferente, outras mudariam, também saber que essas coisas mudariam outras coisas e assim por diante, mais ou menos como a idéia do Efeito Borboleta, ou melhor dizendo, a Teoria do Caos em si. Afinal, o decorrer da vida de um ser humano também é um sistema estupidamente complexo.

O primeiro erro que todo mundo comete é generalizar o resto da linha do tempo, a partir do momento que ela diverge da original (tipo se imaginar conhecendo as mesmas pessoas, frequentando os mesmos lugares, gostando das mesmas coisas etc.)
Na verdade, uma aproximação muito boa é o filme "Efeito Borboleta" (muito bom, aliás), em que o protagonista realmente é capaz de voltar em certos momentos do tempo e refazer alguns acontecimentos. Tirando que, obviamente, os outros personagens ainda são os mesmos (senão não tem trama, né?), uma única ação ou palavra do protagonista no passado acaba redefinindo toda a sua vida.

Mas imaginar como seria "E se...?" é ainda mais complexo que isso, porque a gente sai do certo e passa pro possível, como uma raíz de uma árvore (quase que) infinitamente grande. Seguir o próprio ramo da raíz é fácil, já que você conhece cada centímetro dela. Mas, a partir do momento que você se desvia dessa rota, tem infinitas outras possíveis, e resolver escolher uma qualquer (ou tentar voltar pro ramo original) é se basear no achismo (que não é ciência e não vale nada, mas vou fingir que sou imparcial sobre o assunto).

Resumindo a longa história, é praticamente impossível prever como sua vida poderia ser diferente, e exponencialmente mais difícil quanto mais cedo essa alteração ocorre. Como seria possível prever que tipo de pessoa você seria se tivesse uma criação diferente, por exemplo? Dependendo disso, todas suas escolhas ao decorrer da vida seriam diferentes, sem mencionar que estamos sempre em constante mudança e evolução (ou não).

Inclusive esse assunto de criação é igualmente interessante por si só, mas deixo pra outro dia, senão vocês vão se cansar de mim escrevendo aqui, haha xD

Acho que o melhor que podemos fazer é algo no estilo do Efeito Borboleta, mesmo, mas tirando as pessoas iguais e envolvendo um pouco mais de complexidade (quem sabe numa linha do tempo aí você não tá morando na Austrália?). Mas, também, quem vai querer saber da Austrália, não é? Ou não?
Eu gosto de imaginar essas situações, mas de algum lugar que eu pudesse me observar da minha realidade atual, senão parece que nem sou eu quem está lá e, logo, é mais fácil pegar a vida de alguém aí e colocar a minha cara na foto do RG que dá na mesma xD

Despeço-me por aqui e peço perdão pelo post inútil que não deve levar a lugar algum o/

domingo, 12 de agosto de 2012

Sobre "Liberdade"

O que é, o que é? Quanto mais você batalha por ela, menos você a tem?
Exato. Liberdade é um assunto sobre o qual eu nunca formei nenhuma opinião concreta, isto é, até meu professor de Tecnologia e Sociedade tocar no assunto.

Segundo ele, a liberdade humana é o ato de exercer seu livre arbítrio e fazer o que a natureza o fez capaz de fazer. Correr, cantar, dormir, etc. é tudo aproveitar sua liberdade.

Porém, como podemos ser livres hoje em dia, sendo que, para sobrevivermos, precisamos trabalhar? Muitos conceitos e paradigmas se misturam aqui, formando uma discussão bem interessante de se levar no peito.

Tudo começa quando nossos pais nos forçam a estudar, sacrificando nossa liberdade em troca de dinheiro a longo prazo. E sabe como é, né? Dinheiro é conforto, e conforto para as pessoas é viver bem, que, por sua vez, é liberdade para elas. Basicamente, quanto mais ambiciosos ficamos, menos tempo temos para sermos livres. Quanto mais tempo trabalhamos, é óbvio que menos tempo teremos para relaxarmos. E assim entramos no paradoxo:

- "Sacrificarei minha liberdade para trabalhar agora, para que depois possa viver plenamente a minha liberdade"

Resumindo, "Sacrificarei a minha liberdade para ter liberdade depois". Pode até parecer um ciclo sem fim e sem perdas, mas não o é. O primeiro problema desta afirmação é que o "depois" nunca chegará. As pessoas trabalham, trabalham, trabalham e só param ao ficarem idosos, quando vem a "grande recompensa" que elas não podem aproveitar, já que seus corpos são cansados demais para viver em plenitude.
O segundo problema vem das pessoas não querem parar de trabalhar. A ambição se torna o maior inimigo da liberdade, pois nós acabamos querendo sempre trabalhar mais, para ter mais dinheiro, para comprar mais conforto e, sobretudo, para comprar mais STATUS. Quanto mais compramos, mais achamos que a nossa vida acaba de melhorar, mas, a verdade é que (pensando, a partir desta linha, em 12/08/12), por sacrificarmos nosso tempo que temos para viver, ganhamos apenas uma recompensa pequena que só serve para melhorar um pouco nossa qualidade de vida.

Ou seja, entramos num paradoxo de "Quanto mais livre sou, menos livre fui", ou "Quanto mais livre fui, menos livre serei"
Existindo os dois pontos de vista, cabe a cada um pesar ambos e ver como mais vale a pena dosar os dois em sua vida.
A minha opinião (que, se eu lembro bem, era a mesma do professor), é que temos que trabalhar apenas o suficiente para exercermos nossa liberdade natural essencial, sem muitos luxos.

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Fazendo uma sessão "release de rascunhos", taí um rascunho não publicado de 24/04/12

Sobre minha involução como escritor?

Eu não posso escrever porque não sei sentir, esqueci como é, minha alma é um elevador vazio com uma suave e irrelevante música de fundo. 
 - Charmander, Charles


Agora são 7 horas da manhã e eu ainda não fui dormir.
Com mais nada pra fazer, resolvi navegar um pouco na minha antiga blogosfera... Muita nostalgia, mas, de cara, aquele ar de depressão.
Nenhum de nós ainda posta com frequência. E por "com frequência", eu quero dizer menos de 6 meses entre cada postagem, né?

Quer dizer, agora são fucking SETE horas da manhã!!! A essa altura do tédio eu já teria escrito pelo menos uns 3 rascunhos bem longos. Hoje eu estou aqui lutando contra a preguiça para escrever um texto que eu QUERO escrever.

Quando eu me tornei tão preguiçoso? Ou será que não? Será que apenas o meu conteúdo se tornou alguma coisa tão séria que eu tenho medo de diminuir a qualidade?

Quer dizer, no começo deste blog, eu postava recomendações de jogos e coisinhas que eu aprendia nas aulas de japonês... Quando foi que eu me tornei tão seletivamente chato?

Eu lembro que comecei o blog na tentativa de compartilhar o que eu gostava e, ao mesmo tempo, matar o tédio. Logo veio a preocupação com uma linguagem culta, de quem sabe o que está falando.
Logo vieram os posts existencialistas, questionando minha própria existência.
Já conformado, a partir daí só escrevi textos "de utilidade pública", passando lições das minhas más experiências à frente.


Será que eu perdi a necessidade de desabafar com alguém? Me acostumei tão bem a me reservar que nem preciso mais exteriorizar nada?


Mesmo com pedidos de novos textos de pessoas que querem ler o que eu tenho a dizer, eu não mais me animo a escrever qualquer coisa que seja.


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Fazendo uma sessão "release de rascunhos", taí um rascunho não publicado de 13/02/12
Publicidade do blog não é mais uma opção, não é? ... xD
É agora que sou obrigado a escrever um post novo para não deixar estes no topo