terça-feira, 5 de abril de 2011

- Time out -

Já faz um tempo que eu não passo por aqui e, adiando um pouco um trabalho pra não sumir a inspiração, resolvi postar alguma coisa aqui. E o que melhor para dissertir do que o que anda me afligindo nas últimas semanas?

"There's a kid outside, shouting, playing. It doesn't care about time. It doesn't know about time. It shouts and it plays and thinks time is forever. You were once that kid."


Tempo... O que é o tempo para você? Qual a importância dele na sua vida?
Tempo é dinheiro? ... Ou será que é justo o contrário?
O que mais conta na sua vida do que ela mesma?

O que você faria se soubesse o dia da sua morte? O tempo exato, segundo por segundo, que restasse até o fim destinado?
Com certeza veria o tempo com outros olhos.

Na minha humilde opinião, o tempo é a coisa mais importante que você pode ter, é o bem mais precioso que você pode medir, aproveitar, apalpar e sentir passar, ou seja, o bem mais precioso depois da própria vida.
Todo mundo, uma hora ou outra, tem que aceitar que a morte, implacável, chegará. Uns acreditam na pós-vida, claro, assim como outros não veem nada além de um fim trágico. Seja um ou outro, o que importa está nesta vida, aqui, agora.
Com o tempo contado, cada minuto vale, concorda? Suponho que concorde...
Mas será que dá a verdadeira importância a este fato? Qual a sua verdadeira ambição na vida? Seria ótimo ser rico, não é? Anos da sua vida trabalhando duro para isso compensariam no final...

Anos...

Dos 70-100 anos que uma pessoa espera viver, quantos deles ela gasta só trabalhando? ...
Você pagaria mais de metade da sua vida para ter todo o dinheiro e luxo que pudesse querer? Opa! as coisas ficaram mais drásticas agora, não?

Agora acho que, uma coisa nunca antes vista na história deste (país) blog, eu vou entrar, de propósito, na minha personalidade. Feliz de você, leitor, vou parar de metralhar perguntas retóricas x)

Para mim, como eu já disse, cada minuto vale à pena, mais do que tudo. Eu nunca tive muito dinheiro, quem me conhece com certeza sabe disso, mas, também, nunca reclamei. 50 reais para me virar sozinho o mês todo, o que é bem abaixo do padrão de todo mundo que conheci até hoje... Mas, ainda assim, nunca reclamei.
Para alguns pode parecer ridículo. Outros até são capazes de gastar a minha mesada em um dia. Mas eu nunca reclamei, porque eu tinha toda a minha tarde (filho bom tem toque de recoher, viu? xD) para aproveitar do jeito que eu quisesse e, cara, como foram bons os dois últimos anos...
Nos últimos 6 meses eu tive uma sobrecarga de trabalhos, que tomou uma boa parte dos meus dias... Eu, reclamando, mal sabia o que me esperava...
Nos próximos meses, até o começo de Julho, eu tenho que cumprir o estágio obrigatório para me formar no curso. 6h/dia, sem remuneração. Saio de casa de manhã e só chego às 21h em casa, e aí foram os meus dias de semana.
Tá, até aí não parece nada demais. Eu mesmo não ligo pra sobreviver ao estágio. Mas eu ligo, obviamente, pro tempo todo que eu vou perder, e a juventude que vai passando. O problema é que parece só uma crise besta e infantil para todo mundo...
Ok, agora chega, não gostei dessa experiência inédita...

Aonde eu quero chegar é: você ainda acha que tempo é dinheiro? Ou justo o contrário?
Carpe Diem. Aproveitem mais as suas vidas, para não se tornarem velhos cheios de arrependimentos depois... Essa vida você só tem uma vez.

Com essas palavras, me despeço de vocês o/
E agora é exatamente meia noite e eu atrasei demais o trabalho e, de novo, vou acordar atrasado =p

5 comentários:

  1. Tempo é dinheiro, e dinheiro é tempo também...
    Depende de como você interpreta, de como este fator norteia (ou não) sua maneira de viver.

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  2. Bom se tudo fosse assim tão simples, não?
    Poder viver a vida ao pleno trabalhando o suficiente.
    Apesar de ser possível, não acho que trabalhar o mínimo suficiente, ou quase, trará a alguém a felicidade.

    Vivemos num mundo inserido num sistema econômico horrível. Para ter o que queremos precisamos dar o que os outros querem. E, basicamente, isso é a noção de moeda. Logo, para você ter tempo para se divertir, você deveria trabalhar fazendo algo que os outros queiram (o que nem sempre é divertido né?), pois assim você terá o meio necessário para realizar seus desejos.

    O ponto principal disso não é que pessoas trabalham demais. As pessoas trabalham o quanto acham que precisam. Há aquelas cujo senso de diversão é mais caro que o de outras pessoas (por exemplo, minha mãe adora viajar, para qualquer país, mas o custo disso não a permite se divertir sempre...). Logo ela trabalha mais, para poder cobrir os custos necessários para se divertir. O ponto é o tempo que disperdiçamos não sendo felizes.

    Digamos que uma pessoa normal trabalhe 8 horas por dia e durma 8 horas diárias (que é o recomendado). Isso significa que ela gasta 1/3 do dia fazendo algo indiferentemente necessário (dormir), outro 1/3 fazendo algo que possivelmente não gosta (trabalhar), e lhe resta 1/3 para ser feliz no dia. Não acha justo, equilibrado?

    O maior problema é como gastamos nossas 8 horas de felicidades diárias: brigando por motivos ridículos? Ou reclamando da comida ruim do RU? Ou ainda chorando por que alguém lhe magoou?

    Deveríamos gastar essas 8 horas conversando com nossos amigos, fazendo coisas que gostamos, aproveitando a comida que nós temos, e agradecendo a alguém (Deus, nossos pais, a nós mesmos) por tudo que nós tivemos, temos e teremos.

    Desculpe se ficou meio "corrente spam de G-zuyz" mas eu me expressei verdadeiramente...
    Concorde ou discorde comigo, pelo menos você me ouviu, não ^-^?
    Isso já faz os 10 minutos que eu gastei escrevendo aqui valessem a pena :D

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  3. Parei de ler quando ele disse "Bom, se [...]" -q

    A única coisa de qual eu discordo é a sua idéia de "não acho que trabalhar o mínimo suficiente, ou quase, trará a alguém a felicidade."
    A vontade de trabalhar MAIS, ganhar MAIS, render MAIS e TER mais vem só da ganância de uma pessoa, e não da "necessidade".
    E sua idéia sobre "noção de diversão" é conseguência dessa ganância... Quanto mais vocÊ ganha, mais "caro" é o seu gosto, e mais vocÊ quer ganhar. Sua mãe não se divertiria só viajando se nunca tivesse tido condições para tal, e assim vai.

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  4. As pessoas deveriam preocupar-se mais em aproveitar suas vidas, sorrir com as pequenas coisas, observar mais o céu e todas essas coisas simples e clichês. Gastam pouco tempo, são gratuitas, não exigem esforço algum para serem conseguidas, mas valem a pena.

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  5. Nem sempre você tem o que quer. Essa frase me faz discordar com sua resposta Luiz. Nem sempre o gosto caro provém de um salário alto, assim como nem todos que tem um salário alto têm gostos caros.
    Além disso, se ganância é uma das virtudes da pessoa, quem somos nós pra dizer a ela que ela está errada? Acumular riquezas pode ser um meio de diversão, mesmo que não entendamos a diversão nisso, mas devemos respeitá-lo.
    Necessidades pessoais não são apenas questões básicas de sobrevivência como abrigo, alimento, saúde. Prazer, conforto também são necessidades (pra quem estuda segurança, nós sabemos que há os fatores Psicossociais que devemos garantir no ambiente de trabalho). Se alguém tem uma virtude gananciosa, isso se torna uma necessidade para ela. Por exemplo, eu já passei um dia almoçando bolacha pra economizar dinheiro pra jogar pump *-* /doente... Troca-se uma necessidade menor por uma maior em cada decisão que fazemos.
    Por isso que, mesmo que alguém nunca realmente pudesse ter contato com um hobbie, ela pode gostar só de assistir, de ver outras pessoas fazendo, e sonhar um dia fazer isso. E esse sonho se torna uma necessidade aos poucos, até que se torne uma prioridade ;)

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