sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sobre a falta de posts

Títulos alternativos (que eu preferia, mas não cumpriram a cota de objetividade/significado):
- Sobre a escrita dispersa;
- Sobre a escrita não-esporádica;
- Oi;
- Sobre a abstinência de posts.


Uma grande parte de ninguém deve ter notado que eu já não escrevo no blog há um tempo, e eu percebi o porquê há uns meses atrás (mas só tive empenho para aglomerar tudo em um post agora).

O assunto tem dois focos distintos, mas igualmente importantes (mas, na verdade, eu só digo que sim para manter a imparcialidade): A falta de exercício da imaginação e o lento vazamento disperso de assunto.

Bem, o primeiro tópico é até meio óbvio quando se pensa na minha idade... Afinal, faço 19 este ano e estou na faculdade...
Basicamente, o que nos faz parar de exercitar a imaginação são a falta de tempo (e até vontade) para deixar a mente voar um pouco. Com tanta coisa pra se fazer, tanta responsabilidade, "avoar" não é bem a opção mais atraente...
Resumindo a corrente de consequências, perder o costume de imaginar nos faz perder a criatividade, que dificulta a formação das nossas idéias que, por fim, dificulta a expressão de um grande assunto coerente.

"E o que acontece com a criatividade que sobra?"
Bem, aí vem o outro tópico: dispersão de criatividade (que é mais importante, mas eu não vou dizer isso em texto com contraste pra não ser ideologicamente racista).
Na internet de hoje, está na moda o micro-blogging, que é mais ou menos a mesma coisa que um blog, mas as diferenças fundamentais são: textos curtos e objetivos e imagens como único conteúdo.


Mas o que eu quero dizer com isso? Simples: Para micro-bloguear, não precisamos mais de toda aquela preparação, juntando conteúdo e interligando-o logicamente. Apenas uma frase condensada ou uma imagem já constituí toda a idéia que você quer expressar.
Ou seja, a falta de criatividade te deixa com pequenas caixinhas de assunto que crescem com o tempo... Porém, temos o micro-blogging, que as despacha antes de crescerem e tomarem uma forma considerável.
Vamos nos livrando dos nossos assuntos frequentemente e em pequeno volume, evitando que eles crescam e se tornam um grande texto lindão como este (só que não).
É como se um agricultor não esperasse seus produtos crescerem antes de colhê-los e vender por aí por um preço bem ridículo.

"Tá, mas assuntos não são 'consumíveis' assim, você sempre pode revisitá-los" POOOOOOORÉM, é o seguinte: depois que você os expressa, eles deixam de ser interessantes e param de "crescer".

Por exemplo, a esta altura do texto, de tanto eu remoer o assunto, ele já ficou desinteressante e eu já não sei como continuar a desenvolvê-lo... É como um bloqueio criativo... Na verdade, É um bloqueio criativo (eu acho). E é nessa altura que eu costumo finalizar o texto e colocar algo sagaz no rodapé.

E ficam aí as dicas pra quem quiser manter seu blog fresquinho:

- Não deixe vazar pedacinhos de assuntos relevantes. Ao contrário, espere até que você tenha material suficiente para fazer um texto de qualidade muito melhor.
- Não deixe de buscar inspiração em outros blogs ou livros ou apenas num momento de profunda reflexão filosófica no banho.
- Deixe de ser preguiçoso!



E é pela terceira dica que eu vou continuar espaçando tanto os posts no blog /o/

Sobre L'amour

Sim, isto não é uma miragem. É um post, mesmo (e já enganchando um próximo post sobre a não-abstinência de escrever).
E ainda por cima venho lhes dissertar sobre um tema jamais visitado na história deste país blog!

Sim, nunca gostei (e ainda não gosto, na verdade) de falar sobre o amor, mas é o único tema cujo assunto ainda não me foi drenado (vide post acima). Ah, e já aviso que não gosto de falar do assunto por razão nenhuma. Prepare-se para uma leitura nada agradável. Se você, leitor, não se sente muito seguro da sua opinião, recomendo pular o post (não que eu esteja esperando que alguém, além de uns 3 amigos, leia).






~~~~~~~ Última chance ~~~~~~



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Hmmm... Bem na verdade, eu vim aqui para não falar sobre o amor! Uma coisa muito discutida, muito abstrata e muito mais ainda poetizada/idealizada.
Já deixo claro desde o começo a minha posição sobre o assunto: (assim como a boa professora de redação ensinou)...
Na verdade, nunca gostei da minha professora de redação, meu verso é livre, sacomé, brow? Então acompanhe o raciocínio, truta:

Muita gente entra em divergência sobre o verdadeiro significado do amor, ainda mais quando se trata da magnitude deste sentimento. Uns dizem que é um sentimento supremo, como se não houvesse nada mais forte no mundo... Na verdade, quase todos dizem isso, a diferença é apenas o nível de hipocrisia: desde amor sincero a amar umas 15 pessoas diferentes ao longo do ano. Enfim, as pessoas restantes simplesmente não acreditam no amor, afinal, é ou não é algo muito forte e idealizado para ser real?

O problema é que, assim como uma religião, o amor é algo que nós desejamos que fosse verdade, que nos dá esperança, que nos tira de uma vida monótona para uma utopia sentimental. É um sonho, ou melhor, uma ilusão que, cedo ou tarde, quebra e nos deixa em queda-livre rumo ao duro chão da realidade (votem em mim pra melhor poeta do blog, galera!).
E o segundo problema é que, também assim como uma religião, tem aqueles fiéis seguidores e aqueles não-tão-fiéis-assim da doutrina. Na verdade, eu acho que é bem daí que surgem as divergências sobre o conceito dessa coisinha louca chamada amor (Queen tá na moda agora!).

Enquanto algumas pessoas, fiéis seguidoras do amor, acreditam que o mesmo é o tal sentimento supremo, quase inalcançável, as não-tão-inteligentes-assim acreditam que amor é aquilo que você sente depois de conhecer uma outra pessoa atraente por duas semanas... Ah, e lembrando da posição dos realistas/pessimistas de que o amor nem existe.

Voltando ao fio da conversa, o que é o amor, afinal?
Na minha opinião (toma, professora de redação!), embora eu também queira acreditar que o amor existe, não passa do que aparenta: uma linda (e inspiradora) mentira que a esperança humana não deixa morrer.
Para ser bem sincero, eu não estava muito confiante sobre isto até um tempo atrás...

Eu era do tipo "adepto confiante" (e provavelmente ainda sou), que não entraria em relacionamento algum, a não ser que fosse "a pessoa certa", etc. Mas, quanto mais eu tentava, menos eu conseguia imaginar o amor como uma possibilidade.
Ainda mais se tratando das circunstâncias. Como já diz o ditado (que eu acabei de inventar): "Nenhuma maçã permanece saudável em meio a uma colônia de fungos". Afinal, é muito difícil sustentar um nobre ideal numa época e sociedade com conceitos tão depravados do mesmo... É muito mais fácil seu ideal se corromper e, lentamente, se tornar tão medíocre quanto o socialmente aceitável.
"Tão difícil quanto tomar 20L de água com uma colher... de chá" - Heofacker, Luiz.

"Será que não seria melhor só tentar ser feliz com uma pessoa qualquer, como todo mundo, ao invés de viver sozinho poupando os outros e esperando 'a pessoa certa'?"
- De Um Amigo Meu, Amigo

Sem frases sagazes de conclusão de post pra vocês, hoje.