segunda-feira, 1 de junho de 2015

Sobre conhecimento... Ou a falta dele, sei lá

Opa, quanto tempo!
Não sei se tem alguém que ainda gosta de ler o que eu escrevo, ainda mais sendo que eu nem divulgo mais esse cantinho escuro (mentira, porque faz tempo que eu mudei pra um layout claro (pra você mesmo que veio me pedir no ask.fm!))
Enfim, o que eu escrevo aqui geralmente são opiniões compridas demais ou coisas controversas demais que eu não quero publicar em redes sociais, mas ultimamente o que eu venho escrevendo no blog tem sido controverso demais até para eu querer apertar o botão de publicar haha!

Bom, desculpas à parte, vamos ao que interessa, até porque já faz um tempo que eu to sem escrever e já to ficando até animado com isso.

Sobre conhecimento. Na verdade, é meio que sobre a ausência deste. Bom, vamos ver no que dá.

Esse é um pensamento recorrente na minha cabeça nesses últimos anos, que veio ficando maduro desde então e acho que só atingiu agora aquele ponto eufórico em que eu posso dizer "eureka!"
Se trata sobre o desconhecido, sobre a gama de coisas do qual eu não sei nada a respeito.
Por um lado, eu sempre gostei de aprender várias coisas sobre tudo, e sempre achei que era capaz de entender tudo se eu desse atenção e consideração suficientes. Afinal, se tudo fazia sentido na minha cabeça, então com certeza deveria ser verdade, certo?
Bom, da pior maneira, a vida foi me mostrando que não. De pouquinho em pouquinho, mas sempre, eu tive que ir jogando fora coisas que eu dava por certas, para abrir espaço para novas certezas, novas opiniões e, principalmente, novas incertezas.
Foi aí que eu comecei a me tocar de verdade que existiam coisas que eu não sabia.

Mas, e aí, como é que eu vou saber sobre coisas que eu não sei? Pra começar, como é que eu vou saber que existe algo que eu não sei?
É muito fácil falar sobre o que nós sabemos ou já ouvimos falar, mas é literalmente impossível falar sobre coisas que não sabemos. Ninguém falava sobre o bóson de higgs até alguém teorizar e dar um nome pra ele, assim como nós não falamos de coisas que não sabemos até descobrirmos que ela existe.
Pode parecer pouco, mas isso introduz um problema muito, muito grande:

Nós não sabemos o quão ignorante somos até que seja tarde demais.

O que eu quero deixar claro entre nós é a ideia que não é possível medir a nossa ignorância, ou, em outras palavras, a quantidade de coisas que não sabemos.
Claro que foi fácil chegar à essa conclusão acima uns anos atrás, pois ela fazia perfeito sentido na minha cabeça, certo?... Certo?

... E então se fecha o loop e novamente não é mais possível saber se é possível saber o quanto não se sabe.
Confuso? Bem, deixe-me tentar me explicar:

Esse assunto vem passando na calçada da frente da casa da minha cabeça nos últimos anos meio inconscientemente, mas só veio tocar a campainha quando eu estava pronto pra ter uma perspectiva nova.
Então, pra contextualizar, pela primeira vez na minha vida resolvi deixar de ser amador e me especializar em alguma coisa, que foi a dança. Nisso eu passei um ano inteiro dedicado a estudar uma coisa só, e posso dizer que ainda estou longe de dominá-la, porém abriu uma gama de conhecimentos enorme para mim, coisa que há um ano eu não fazia ideia que era possível!

Antes eu me sentia plenamente capaz com os conhecimentos que eu tinha, que vinham dos estudos na universidade ou dos vários hobbies que eu tentei cultivar. Mas, mesmo assim, só de pensar que havia tanta coisa que eu ainda não fazia ideia que existia, minha cabeça deu algumas voltas só de imaginar:
"Se isso foi só sobre um assunto, quantas coisas será que eu não sei???"

Ou seja, tudo que eu entendo do mundo eu aprendi ao longo de algumas trilhas pelas quais passei na minha vida. Só de pensar em todas as outras trilhas, todos os outros cursos técnicos e superiores,  todos os outros hobbies e todas as outras coisas sobre as quais eu nunca parei pra pensar, só assim eu consegui ter uma perspectiva um pouco maior sobre o quanto eu não sabia.

Bom, se o texto não estiver fazendo efeito ou se você só deu scroll pra ver como o post acaba, tá aqui um TL;DR.
É fácil saber o quanto sabemos. É fácil saber que existem coisas que não sabemos.
Mas é impossível saber quais e quantas coisas não sabemos.
Isso tem até estudos e um nome próprio: Efeito de Dunning-Kruger.
Fica aí a recomendação de um vídeo que eu acho bem interessante e, apesar de tê-lo visto em julho do ano passado, só fui entendê-lo de verdade agora.
VSauce - What is The Speed of Dark? (em inglês, marca em 8:49)

Bom... Conclusão?
Acho que seria "Nunca subestime o conhecimento das outras pessoas. Elas podem até não entender algumas coisas que você entende, mas nada garante que o mesmo não acontece para o seu lado."
É só questão de conseguir se comunicar e trocar novos conhecimentos, só não me pergunte como -q

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