quinta-feira, 6 de maio de 2010

Gamemania

Tava pra postar isso faz TEMPO, mas só arranjei vontade pra isso agora...
O que me deu vontade de postar sobre isso foi esta "tirinha" da VGCats (pra vocês, falates de inglês)

Vamos começar explicando como era o mundo dos games ANTES, quando éramos apenas um grupo recluso e excluído de gamers...
Videogames eram feitos para nos entreter por semanas, alguns me divertem até hoje (nossos amiguinhos clássicos), com histórias boas, envolventes e inovadoras (assim como os filmes bons da época). Não queria entrar no quesito "jogabilidade", mas, enfim, os jogos ficavam cada vez mais envolventes e viciantes.
O jogos eram feitos de gamers para gamers, como se fosse uma paixão em comum. Os jogos feitos simplesmente para vender não vendiam, porque gamers eram exigentes.
Antigamente, poucas pessoas criavam os jogos, o que tornava o projeto muito mais coerente e à mão.

Isso tudo era bom, tá tudo ótimo, mas aí chegamos ao desastre. Os jogos foram abertos às grandes massas; os jogos com boa jogabilidade passaram a conquistar todos os públicos; jogar videogames era, então, "modinha": nos tornamos marketáveis

O que eu disse não faz muito sentido ainda, mas... vamos comparar:
O que conquistou o grande público foi a jogabilidade, não?
Hoje só temos jogos com gráficos desnecessariamente 3D e realistas, ambiente sonoro impecável, jogabilidade envolvente, mas é só isso. Voltamos aos tempos de Atari, onde apenas jogamos o que nos mandam jogar. As grandes histórias já eram; a paixão por fazer jogos para pessoas que os apreciam se extinguiu e deu lugar à necessidade de fazer jogos idiotas, viciantes e exploradores para pessoas dementes que pagam bem.
O que conseguimos hoje são versões avacalhadas dos clássicos que marcaram nossa infância, jogos sem conteúdo nenhum (vide GTA), 500 versões diferentes, porém iguais, de UM jogo que foi bom (vide Guitar Hero), trilhões de continuações desnecessárias de UM jogo que teve sucesso (pra que fazer outro jogo 10x melhor quando podemos fazer um nº II pior e aproveitar a fama pra vender tudo?).

Enfim, pra que fazer um jogo mega-pqparivelmente aproveitável se contratar um roteirista patético e 300 experts em gráficos vende melhor?
Entenderam o "nos tornamos marketáveis"?
O que antes era um grupo deslocado e seleto de pessoas com bom gosto se tornou uma coisa bastardarizada quando se abriu às grandes massas, ou seja, (me desculpem) à gente burra. É assim com QUALQUER coisa.
Veja os filmes, por exemplo: quando antigamente era uma arte, um entretenimento para pessoas cultas, com histórias envolvente e blábláblá, hoje se tornou um "Seu filme é melhor que o meu?? Vamos ver que consegue mais bilheteria, otário!". E geralmente é o filme ruim com estratégias ridículas e desesperadas de marketing que ofendem o meu rim. E pior, funcionam.

O que um dia foi arte, hoje é lucro, nada além. (o que me lembra que até o mundo da arte, sim, das esculturas e pinturas, é marketável para pessoas pseudo-intelectualóides ricas)

"Parte 2"
Separei, porque ficou muito grande...

Um comentário:

  1. Caramba, ninguém comentou! Bom, eu sumi, mas voltei!

    Odeio comentar tipo "apoiado, assino embaixo", mas é isso mesmo, posso perfeitamente compreender sua fúria, e você foi bem claro e eloqüente também.

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