sábado, 30 de maio de 2009

Dom Casmurro

Terminei de ler este livro a alguns dias (para fazer a prova de português), e não sei ainda se vale à pena ler.

Bentinho, alcunhado Com Dasmurro, na velhice conta a história da infância: a história de um amor "platônico", entre ele e Capitu. A mãe de Bentinho jura a Deus que poria-o no seminário (igreja) se ele nascesse bem, pois o último filho havia nascido morto.
A trama da primeira metade do livro se baseia nisso: Bentinho tentando arranjar um jeito para se livrar do seminário, para ficar com Capitu. Bentinho é "menino de valores", mas extremamente ciumento. Capitu é demasiadamente inteligente, e sabe dissimular muito bem seus atos.
José Dias é o "agregado" da família, e tem muita influência sobre a mãe de Bentinho (D. Glória). Mesmo se esforçando, Bentinho entra para o seminário.
Lá faz seu melhor amigo: Escobar, tão inteligente como Capitu, a quem confidenciava seus problemas e pedia conselhos.
Saiu do seminário depois e, mais tarde, casou-se com Capitu, e Escobar casou-se com uma amiga dela: Sancha.
Os dois casais eram inseparáveis. Escobar teve uma filha com Sancha e, posteriormente, Bentinho teve um com Capitu: Ezequiel. Um dia, Escobar foi nadar e morreu. No enterro, Bentinho nota o olhar "apaixonadamente" demorado de Capitu ao cadáver. Aí vem a principal trama do livro: Capitu traiu Bentinho ou não? A partir daí, Bentinho começa a apresentar muitos argumentos (na minha opinião, falsos) contra Capitu.
Bentinho quase chega a se suicidar e/ou matar Capitu (e até o filho!), mas se separam. Capitu leva Ezequiel para a Suiça.
Então todos os personagens começam a morrer: D. Glória, José Dias, Prima Justina (não mencioneu, pois não tem impotância), Tio Cosme (idem), etc.
Ezequiel visita o pai, diz que é arqueólogo (ou alguma coisa assim), pede dinheiro para uma expedição e morre lá. Bentinho fica sozinho. "Fica ao leitor decidir se Capitu é culpada ou não.". FIM

Ridículo.

Até um pouco além da metade do livro, a leitura, mesmo difícil, é ótima. Então vem a solução para que Bentinho escapasse do seminário: adotar um outro menino e fazê-lo padre no lugar de Bentinho.
É, ridículo.
Continuando... A trama de antes, embora fraca, dava pra mergulhar na história. Um pouco antes da metade da história, tudo era contado bem. Após a metade, foi tudo num relâmpago. Uma página Bentinho estava fazendo hipóteses de como não ir para o seminário, na outra, 2 anos já se passaram e ele entrou para o seminário. Em quase cada capítulo havia um espaçamento de, em média, 3 meses. No capítulo em que é contado que Bentinho saiu do seminário está mais ou menos assim (1 ano depois): "Não sei se contei, mas saí do seminário. perguntei ao padre se poderia adotar outro para cumprir a promessa de mamãe no meu lugar. ele disse que sim. Adotamos, demos comida, metemos no seminário.". E nunca mais se mencionou no menino.
É, ridículo.

Mas a pior parte é a ascensão da felicidade dos dois casais. Tudo ia cada vez melhor, e, derrepente, Escobar vai nadar e morre. É, ridículo. Bentinho, do nada, cria uma ultra-mega-convicção de que Capitu o traíra. É, ridículo. Todos começam a morrer. É, ...

Por isso eu odiei ler Dom Casmurro. Compensou somente a leitura até a metade do livro, embora a trama não fosse lá essas coisas (muito melhor do que a principal trama do romance ¬¬)

Quando parece que Machado de Assis vai se redimir no final, Ezequiel morre. Bentinho mal demonstra pesar e torna-se o Dom Casmurro do começo do livro. E FIM!

Não sei nem se a meia-leitura foi boa o suficiente para compensar a decepção com o livro ¬¬

Só espero tirar uma nota boa na prova...

... É, ri-dí-cu-lo.

2 comentários:

  1. Eu gosto desse livro.
    É trágico e realista.
    E na real, todos sabemos que a realidade raramente dá boas histórias.
    E nem sempre boas narrativas significam boas histórias.
    Leitura, beleza, e música, as coisas mais relativas do mundo.

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  2. Pelo menos você pode criticar o livro tendo lido, entendido (captado as entrelinhas) e tirado as próprias conclusões. E está mais que preparado para a prova!

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